Trabalhar na Austrália é a vontade de muita gente que deseja dar um tempo do Brasil e busca uma experiência inédita e transformadora.
De fato, a vivência na terra dos cangurus garante ao intercambista uma bagagem sociocultural e profissional muito singular. São outros desafios, uma nova língua e muitos aprendizados (de carreira e de vida) encarados diariamente.
Sabemos, porém, que para você dar esse peitaço é importante ter segurança sobre a sua tomada de decisão. Mas como alcançá-la?
- Entendendo o básico do processo burocrático (para não cair numa cilada);
- Tirando todas as dúvidas antes de embarcar;
- Viajando com a certeza de que você está indo para o lugar certo, na hora certa.
Vamos entender tudo sobre como trabalhar na Austrália?
Veja abaixo um FAQ com perguntas e respostas que vão ajudar você a esclarecer as principais questões de intercambistas que querem trabalhar na Austrália.
1) Pode trabalhar na Austrália?
Pode! Pode, sim. Pode muito! Desde que você ingresse com o visto de estudante e contrate um curso a partir de 14 semanas + carga horária mínima de 20 horas semanais, você pode trabalhar na Terra dos Cangurus.
Lembre-se que durante o período letivo, você ganha permissão de trabalhar até 20 horas por semana. Já nas férias, a carga horária dobra e você pode desempenhar atividades até 40 horas semanais.
Pode! Pode, sim. Pode muito! Desde que você ingresse com o visto de estudante e contrate um curso a partir de 14 semanas + carga horária mínima de 20 horas semanais, você pode trabalhar na Terra dos Cangurus.
Lembre-se que durante o período letivo, você ganha permissão de trabalhar até 20 horas por semana. Já nas férias, a carga horária dobra e você pode desempenhar atividades até 40 horas semanais.
2) Preciso falar inglês para conseguir trabalho na Austrália?
Depende. O ideal é que você embarque, pelo menos, com o nível básico de inglês. Ou seja, que consiga estabelecer um mínimo de comunicação para poder entender o que a vaga exige e desempenhar a atividade sem falhas na compreensão.
Quem viaja com esse nível de conhecimento, geralmente consegue empregos considerados mais braçais, como lavador de pratos, assistente de cozinha, limpeza de hotel, pubs e restaurantes.
Nada impede, porém, que você seja promovido à medida que seu nível de inglês alavancar. Aí vai depender muito do seu esforço e do perfil do seu gestor. Se você sentir que naquela empresa não tem chances de crescer, procure outra e não tenha medo de se desafiar.
Para você ter uma ideia, o intercambista que apresenta nível de inglês mais avançado pode encontrar vagas como barista, assistente administrativo, operador de caixa e até chef de cozinha (se essa for a sua onda).
Veja mais detalhes em: Empregos na Austrália: a realidade do mercado de trabalho para brasileiros
3) Qual tipo de visto preciso para trabalhar na Austrália?
Para trabalhar na Austrália, você precisa emitir o visto de estudante.
A nossa dica é que você comece a organizar o processo burocrático para emissão do documento, pelo menos, 2 meses antes do embarque.
Entre os principais requisitos exigidos pela embaixada australiana estão comprovação financeira e acadêmica e vínculo empregatício. Leia mais sobre cada um desses tópicos em: Visto para a Austrália: tipos e exigências para estudar e trabalhar no país.
A taxa para emitir o visto australiano custa a partir de AU$ 575,00. A boa notícia é que estudantes brasileiros são bem vistos pelo departamento de imigração.
Portanto, não vacile na hora de providenciar as comprovações e procure verificar detalhe por detalhe com a sua agência de intercâmbio confiável para obter êxito total no processo.
4) Como conseguir emprego na Austrália?
Para conseguir um emprego na Austrália é importante depositar energia em três principais pontos:
- Currículo;
- Procura;
- e entrevista.
Assim que você chegar na Austrália já comece a elaborar o seu currículo (em inglês, é claro).
Não sabe por onde começar?
Calma que as 7 agências da Information Planet espalhadas pela Austrália darão todo o suporte para que você possa reconstruir o seu CV conforme as necessidades dos empregadores australianos.
Essa ajuda acontece por meio do seminário Job and Resume Preparation (Preparação para trabalho e currículo), encontro em que você poderá tirar todas as suas dúvidas referentes à procura de emprego.
Depois disso e com o currículo em mãos, acesse sites como Career One, Seek ou Gumtree e pesquise quais são as vagas disponíveis na cidade onde você irá residir. Confira também a lista dos sites mais populares de busca de empregos.
Outra forma clássica de encontrar uma vaga de trabalho na Austrália é imprimir o currículo e bater de estabelecimento em estabelecimento. Ainda que pareça à moda antiga, esse método funciona muito bem, especialmente entre os comércios pequenos.
Por fim e não menos importante, a entrevista é outro ponto que você deve ter muita atenção.
Mesmo que o seu inglês não seja o melhor, mostre vontade e muita proatividade.
Lembre-se que os empregadores australianos valorizam muito essas características e é justamente por causa desse ponto que os brasileiros se dão bem na Austrália.
A boa notícia é que boa parte das entrevistas não são lá tão complexas. Os recrutadores, basicamente, querem saber sobre você, suas experiências anteriores e se você está mesmo afim de fazer acontecer.
OBS: Como a maioria das vagas é destinada à área de hospitalidade, não esqueça de se mostrar disponível para trabalhar aos fins de semana.
5) É preciso ter experiência para conseguir emprego na Austrália?
Depende. É claro que se você se candidatar a uma vaga de garçom e já tiver uma experiência nesse tipo de trabalho, você terá uma boa vantagem em relação aos demais candidatos.
A experiência, porém, não é o fator principal quando o assunto é trabalhar na Austrália. Até porque boa parte das vagas, como já citamos, está relacionada à área de hospitalidade, ou seja, são atribuições que alguns dias de treinamento já bastam para o intercambista aprender.
O principal, repetimos, será sempre a empolgação e o comprometimento.
6) Quanto se ganha ao trabalhar na Austrália?
O trabalhador na Austrália que desempenha uma carga horária de aproximadamente 38 horas semanais ganha AU$ 2,7 mil por mês. Diferente do Brasil, na Austrália, o valor é pago em horas trabalhadas.
A divisão, portanto, fica AU$ 18,29 por hora, conforme lei estabelecida pela Justiça do Trabalho (Work Fair) em julho de 2017.
Veja mais informações em: Salário mínimo na Austrália: saiba quanto pagam aos brasileiros
7) Com o dinheiro do trabalho, é possível pagar meus custos no país?
Sim! Você poderá pagar seus custos no país com o dinheiro do trabalho, mas isso só vai acontecer se você controlar os gastos. Conforme o nosso artigo sobre custo de vida na Austrália, a média gasta por mês, incluindo as principais contas, varia de AU$ 1,3 mil (perfil econômico) a AU$ 1,9 mil (perfil mais luxuoso).
O grande detalhe é que intercambistas que viajam para fazer um programa de estudo e trabalho só podem trabalhar até 20 horas semanais durante o período o letivo. O ordenado, portanto, cai para AU$ 1,4 mil.
Justamente por isso é tão importante assumir um perfil econômico no país (leia dicas de economia no post) e viajar com uma sobra na poupança para segurar as pontas até você encontrar algo.
Ah, outro detalhe é que esse salário é apenas o start. À medida que você aprimorar o inglês e buscar novas oportunidades, poderá ganhar até AU$ 25,00 a hora. Aí sobra aquela graninha para você viajar pelos arredores da Austrália e a experiência que já era boa passa a ficar melhor ainda. =)
8) Posso sair do Brasil já empregado na Austrália?
Não. Os intercambistas conseguem um emprego apenas quando chegam no país. Mas não precisa ficar angustiado, nem sentir insegurança.
A Information Planet possui 7 agências na Austrália e concede todo o apoio necessário no processo de encontrar um emprego.
Além disso, se fizer a sua parte e entender que o esforço integra o processo, acredite, não vai demorar para conseguir um trabalho na Terra dos Cangurus.
9) Quanto tempo demora para conseguir emprego?
A média para que um intercambista consiga um emprego após aterrissar na Austrália é de aproximadamente 2 meses. Obviamente que tudo é muito relativo. Há casos de brasileiros que encontram uma vaga antes e outros depois.
Se você estabelecer uma rotina regrada de procura, seja através dos sites ou do método “door to door” (porta em porta), fique tranquilo, pois não vai demorar.
10) Que tipo de emprego eu consigo logo no começo?
Os tipos de empregos que os intercambistas conseguem de começo estão associados à área de hospitalidade, ou seja, ocupações em hoteis, restaurantes, pubs e cafés.
As vagas consideradas mais acessíveis são: lavador de pratos, labor (obras), cleaner (limpeza), delivery e até removal (mudança).
Antes que você pense que esses são os “sub-empregos” que todo brasileiro faz no exterior, estamos aqui para desconstruir essa visão.
Isso porque um dos aspectos mais interessantes sobre a cultura da Austrália é que existe um esquema de respeito mútuo entre os moradores. Não importa se você é médico, advogado, faxineiro ou diarista, você será tratado de igual para igual.
Aliás, na Austrália o conceito subemprego nem existe. Por isso, viaje com a mente aberta e com disposição para fazer algo diferente e digno quanto qualquer outra profissão.
11) Quais cidades têm mais oferta de emprego?
Todas as cidades possuem boas oportunidades. A diferença é que pontos como sazonalidade, nível de inglês, área pretendida e a chamada força de vontade são fatores que influenciam diretamente na oferta de emprego.
Se a sua intenção for chegar na Austrália e logo buscar um emprego, considere viajar para cidades como como Sydney, Melbourne, Brisbane, Gold Coast, Byron Bay, Adelaide, Perth e Camberra.
No texto 10 melhores cidades para fazer intercâmbio na Austrália, você pode conferir qual é a inclinação do mercado de trabalho de cada um desses territórios e decidir qual cidade você vai escolher para fazer o tão sonhado intercâmbio.
12) Como funciona a relação empregado/empregador?
A única relação legal existente entre empregado e empregador na Austrália é o registro do funcionário. Ou seja, a burocracia que envolve o preenchimento de formulários e o pagamento das obrigações por parte do empregador, como o salário mínimo (valor que deve obedecer à lei estabelecida pela Justiça do Trabalho) e o superannuation (o fundo de garantia australiano, que corresponde a 9% do salário).
Nesse processo, é importante que o intercambista providencie imediatamente seu Tax File Number (TFN), dígito de 9 números equivalente ao CPF no Brasil e que será exigido pelo empregador. O documento deve ser solicitado junto ao site da Australian Taxation Office (ATO) – a Receita Federal da Austrália – assim que chegar no país. Após a solicitação leva, pelo menos, 30 dias para o documento ser enviado ao endereço do intercambista.
Algumas empresas também optam por registrar o trabalhador como autônomo. Nesse caso é necessário ter o Australian Business Number (ABN) para emitir nota fiscal (uma espécie de CNPJ do Brasil).
Preste atenção quando for assumir o trabalho com o seu empregador e verifique, de fato, se ele está formalizado como empresa. Ressaltamos isso, pois o ATO tem ficado de olho sobre quem usa o ABN. Caso a situação esteja regular, é problema que vem pela frente. Por via das dúvidas, peça ajuda de um contador.
Já o tratamento pessoal dado ao empregado vai depender muito do empregador e da sua personalidade. Assim como em todas as partes do mundo, existem pessoas educadas e atenciosas e outras que não são tão dispostas assim.
13) Tipos de trabalho na Austrália: Part time e Full time
Nós já citamos, mas não custa repetir. Trabalhar part time é a única forma que você tem de ingressar com visto de estudante na Austrália.
Aliás, a regra é clara: intercambistas podem trabalhar somente 20 horas durante o período letivo, independente do turno.
A possibilidade de trabalhar full time ocorre nas férias escolares, momento em que os estudantes podem trabalhar até 40 horas semanais. (Esse é o período que todo mundo aproveita para fazer aquela grana extra).
Atenção: é preciso respeitar essas limitações, pois tudo é registrado via Tax File Number. Se o ATO diagnosticar alguma discrepância na documentação, o estudante é deportado na hora, sem direito nem a pegar seus pertences.
14) Preciso fazer algum curso específica para exercer uma função na Austrália?
Algumas funções na Austrália exigem que o funcionário tenha licença específica de trabalho. Para obtê-las é necessário fazer cursinhos online ou presenciais, você escolhe! Confira abaixo as licenças mais comuns
RSA – Responsible Service of Alcohol: licença para trabalhar em locais que vendem bebidas alcoólicas.
WWC – Work With Children: uma espécie de antecedentes criminais para quem vai trabalhar com crianças.
RCG – Responsible Conduct of Gambling: certificado obrigatório para quem quer trabalhar em estabelecimentos onde existem máquinas de jogos.
White Card – o Construction Induction Card: um curso sobre segurança do trabalho que toda pessoa que trabalha em construção tem que fazer.
Barista – Preparação de cafés: esse curso não é obrigatório para conseguir um emprego em cafeterias ou restaurantes, mas pode ser um grande diferencial, pois oferece um treinamento prático sobre o preparo de cafés.
15) Quais são os documentos necessários para trabalhar legalmente na Austrália?
Não tem mistério. Além de ingressar com o visto regular, você deverá providenciar o Tax File Number (TFN) ou o Australian Business Number (ABN), ambos mencionados no ítem 12.
16) É possível trabalhar na mesma área de atuação no Brasil?
Sim, é possível, mas pode não ser a tarefa mais simples do mundo, já que você não terá permissão para trabalhar full time e irá concorrer com candidatos locais.
O caminho para trabalhar na área de atuação é se capacitar no país. Faculdade, curso profissionalizante ou mesmo uma pós-graduação podem ser os atalhos para que você construa um bom networking e tente algum emprego na área de atuação.
Outra forma de trabalhar em uma área mais específica da Austrália é ter a sua profissão incluída no sistema das profissões em demanda do país. Trata-se de uma lista divulgada anualmente pelo governo local com as vagas que não foram ocupadas por trabalhadores australianos e que precisam ser preenchidas para o desenvolvimento do país.
Em 2019, economista, engenheiro, dançarino, químico e até agricultor foram inseridos na lista que facilita, inclusive, o processo de imigração. Veja aqui quais são as profissões requisitadas na Austrália.
Trabalhar na Austrália: partiu?
E aí, entendeu tudo sobre como trabalhar na Austrália?
Tem alguma dúvida que não levantamos neste texto?
Deixe nos comentários abaixo que faremos o possível para solucionar as suas questões.
Aproveite para conversar com um de nossos especialistas em intercâmbio na Austrália e comece a planejar agora essa experiência que tem tudo para ser transformadora.