Quantas vezes você já deixou de ir atrás de algum sonho por… comodismo? No caso de um intercâmbio, pergunte quantos amigos seus tem vontade fazer um. Possivelmente muitos deles… Mas quantos realmente estão propostos a abandonarem a zona de conforto para ir atrás deste objetivo?
Largar emprego, ficar longe da família, viver em um país com uma cultura não-familiar, conviver com pessoas de diferentes costumes.
A zona de conforto é a pior vilã na concretização de um sonho. Se você não estiver disposto a dar um mergulho fora dela, seus sonhos serão apenas… sonhos!
Mas se você realmente quer fazer um intercâmbio, precisamos superar essa barreira, certo? Afinal, um intercâmbio pode desenvolver você de maneiras que nem imagina.
E este vilão (criado por você mesmo) tem seus pontos fracos. Vem com a gente que vamos te ajudar!
Primeiro, vamos entender o que é a zona de conforto:
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Entendendo a zona de conforto
A zona de conforto não oferece desafios a você. A vantagem de estar nela é que você está seguro enquanto seu equilíbrio pessoal e profissional.
A desvantagem é que você não está aberto para atingir as outras áreas (Zona de Aprendizagem e da Superação), pois cada vez que você dá um passo fora da sua segurança, é bloqueado pela Zona do Medo.
Essas etapas funcionam assim:
Zona de conforto > Zona do Medo > Zona da Aprendizagem > Superação
Além de levar você a uma tendência a ficar acomodado, a zona de conforto colabora para que você não se desenvolva, tanto como ser humano como profissionalmente.
“Em Toronto pude conhecer e aprender, com pessoas diferentes, a ampliar minha visão crítica sobre o mundo e as diferentes realidades e culturas.” – Luciana Novaes, que optou fazer o seu intercâmbio para o Canadá.
Esse papo sérião é importante para que você entenda que as 4 incertezas que vamos citar abaixo não irão levar você para muito longe (talvez você não vá nem à cidade vizinha). Todos eles estão relacionado ao seu emprego atual:
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- Medo de largar o emprego;
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- Medo de trabalhar em outra função que não é a sua;
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- Medo de voltar e não conseguir emprego;
- Outros medos: receios e/ou angústias.
Se identificou com algumas dessas incertezas? Está aberto a esclarecê-las? Então, vamos lá:
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Vou ter que largar meu emprego para fazer o intercâmbio?
R: Dependendo do intercâmbio sim, e esse será um preço a ser pago. Se você é empregado há a possibilidade de negociar com o seu chefe a ida por um tempo determinado, através de uma licença não remunerada.
“Eu tinha um emprego muito bom aqui. Como pensei em ficar 3 meses fora aprendendo inglês, conversei abertamente com o meu chefe sobre as vantagens desse intercâmbio para mim como profissional. Ele sugeriu a licença não remunerada e aí caiu como uma luva! Não precisei sair do emprego e consegui realizar esse sonho.” – Wiliam Reis
Então, antes de largar tudo, avalie com a sua empresa as possibilidades, ok?
E não se preocupe tanto quanto a largar o seu emprego por aqui. Você voltará do seu intercâmbio ainda mais qualificado, abrindo portas para o mercado de trabalho (já vamos tocar nesse assunto sobre a volta).
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Vou ter que trabalhar em outra área de atuação?
R: É bem provável que sim. Isso deve ser encarado como parte do seu amadurecimento como profissional.
Pense que, para o país que você vai, existem milhares de profissionais que trabalham na sua área e são nativos. Se você não está afiado no inglês, o que o faz melhor que eles para ser contratado?
Por isso, começar a trabalhar em uma outra área de atuação é importante para que você aprenda inglês através da prática diária, descubra novos talentos e já vá se acostumando com a cultura do país.
Com o passar do tempo e com a sua qualificação, fica mais fácil tentar trabalhar em algo na sua área de atuação.
- E quando eu voltar e não tiver emprego? Vou ficar de mãos abanando?
R: Sabemos que conseguir emprego hoje em dia no Brasil não está fácil, mas é importante nesse caso lembrar que qualquer empresa séria busca profissionais com qualificação.
Isso é algo que você terá de sobra após o seu intercâmbio. Você passará por um upgrade profissional, o que vai proporcionar um aumento no seu leque de possibilidades, tornando a “caça” por emprego muito mais fácil, sem esquecer que uma experiência no exterior pesa muito.
E imagine se você acaba por descobrir novos talentos nessa viagem? Talvez queira trabalhar em até outra área quando voltar (ou até nem voltar 😮).
Mas saiba que não é só o medo de perder o trabalho aqui no Brasil que nos mantém nessa zona de conforto. Para muitos, os bens materiais são como raízes: deixam você plantado onde está.
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Outros medos, receios e angústias
Entendemos que sua cabeça pode estar com alguma outra incerteza ou medo.Por exemplo, a Ester Ferdinando de São Paulo ficava pensando:
“Poxa, eu nunca fui nem no nordeste, como é que vou atravessar o mundo e me virar sozinha?”
O medo dela inicialmente era algo pertinente, porém dias depois quando chegou na Austrália viu que a preocupação era à toa. Ela lembra disso até hoje e conta como um um episódio de superação marcante da sua vida.
Ou seja, independente da angústia que passa pela sua cabeça, não deixe de considerá-los como alertas importantes para você estar atento e se planejar, mas também não esqueça da necessidade de superá-los para conquistar seu objetivo principal.
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O medo de abrir mão dos bens materiais
Se você já possui um apartamento ou casa, por exemplo, é comum que tenha receio em “abandoná-los” (é essa a sensação que dá) por um tempo aqui no Brasil.
Nesse caso, nossa dica é: desapegue (não precisa fazer como na foto acima, ok?).
Alugar a casa ou apartamento pode ser uma boa opção de renda extra para ajudar na viagem.
Vender o carro ou uma moto também, afinal ele vai ficar mais desvalorizado com o tempo. Na volta, você pode comprar outro, garantimos que serão muitas as opções! 😋
Estamos colocando isso porque há um fato: a grande maioria dos intercambistas quando voltam percebem que fatores que estavam sendo encarados como críticos para decisão, não eram tão críticos assim.
Algo como:
“Nossa, como eu me preocupava com isso sem necessidade!”.
Então, se você quer fazer um intercâmbio e esse receio está na sua cabeça, caia na real pois a saída para isso é realmente desapegar.
Se joga no mundo!
“Chegar no desconhecido é sempre complicado. Em um lugar onde a língua não é a mesma que você fala, costumes diferentes, métodos de ensino diferentes. Por tudo isso, você acaba sentindo saudades daquela zona de conforto que tinha no Brasil. Depois que tudo que é novidade vira a sua realidade você percebe que está num lugar fantástico. Aquela mesma dor que você sentia por querer voltar, se torna uma dor de querer ficar. Por isso acho o intercâmbio uma experiência fantástica, que transforma pessoas.” – Caio Stek
Às vezes sentimos isso não só pela zona de conforto, mas também por uma espécie de afeto que acabamos criando por alguns bens e mimos na nossa vida.
Mas só vamos para um projeto maior quando assumimos a coragem de deixar algumas coisas para trás. Por outro lado, a experiência de um intercâmbio é única – e essa ninguém pode te tirar!
Que tal fazer o sonho do seu intercâmbio deixar de ser apenas um sonho? Conte com os especialistas da Information Planet para conversar e receber dicas para planejar seu intercâmbio.
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One thought on “Zona de conforto: como derrotar o pior vilão do seu sonho de fazer um intercâmbio”