Depois de tanto planejamento e economia, eis que chega a hora. Sim, você está longe de casa, finalmente chegou no país estrangeiro e daí, meu amigo, não tem mais volta: é você e você mesmo de frente para uma experiência incrível que está por vir.
Se antes a preocupação era documentação e compra de passagem, agora o foco é a adaptação. Casa nova, comida estranha, língua que não é a sua, hábitos com os quais você não está acostumado.
Neste post, a Information Planet ajuda você a entender o que como funciona um choque cultural e, de quebra, dá algumas dicas valiosas para enfrentar esse período de adaptação com mais leveza. E sem trauma algum! Vem com a gente?
1. Prepare-se, pesquise, saiba (de verdade) para onde está indo
Primeira lição: independente de qual país escolher, você vai enfrentar o choque cultural. Em maior ou menor escala, esse processo é o resultado de um estresse causado por vários incidentes neste novo ambiente e momento de vida.
É a sobrecarga de falar outro idioma, compreender uma nova cultura, sentir saudade de casa, enfim, fatores que vão afetar o seu emocional. Para encarar esse ciclo de reajustes com mais tranquilidade, a primeira dica – e uma das mais óbvias – é tcharãm… pesquise!
Antes de dar início a essa nova experiência, saiba para onde você está indo. O Google foi inventado para ajudar a humanidade. Abuse dele e não se contente com pesquisas rasas.
Veja as principais características do país, hábitos, comida, clima, paixões nacionais, cultura… Mergulhe nas informações sobre aquela que será a sua próxima casa. Nessas horas, também é importante que você conte com uma agência de intercâmbio de confiança para passar informações seguras sobre o destino que você está indo.
Quanto mais subsídios você tiver, mais preparado irá se sentir. Imprevistos são inevitáveis, porém com mais segurança é sempre melhor de encará-los, não é mesmo?
2. Esteja aberto para conhecer, explorar (viver a experiência!)
Tudo bem, nós sabemos que são muitas coisas (novas) acontecendo ao mesmo tempo, mas uma das lições mais importantes deste post está relacionada à maturidade para se permitir.
O que isso quer dizer? Desapegue! Procure interagir com colegas, desfrute da companhia de moradores locais. Se misture! Isso ajuda a entender melhor a cultura do país estrangeiro e, de quebra, ameniza a saudade de quem ficou pelo Brasil.
Comece convidando aquela pessoa próxima para um café ou aquele happy hour. Se for um colega de residência, ele estará passando pela mesma situação que você, então são duas pessoas compartilhando as angústias e euforias similares. Um prato cheio para amenizar o impacto da mudança.
Depois, se permita conversar com moradores locais e seja sociável com eles. Nem sempre é fácil, mas esse esforço, acredite, tornará a sua experiência muito mais profunda. E ainda ampliará a sua rede de amigos, uma das coisas mais incríveis do intercâmbio.
Veja também: Zona de conforto: como derrotar o pior vilão do seu intercâmbio
3. Aprenda a língua estrangeira o máximo que você puder
Certamente um dos seus objetivos ao viajar é aprimorar os conhecimentos em outra língua. Mas é importante que você se esforce antes e durante a viagem para se soltar e aprender.
Um dos grandes problemas do choque cultural é a dificuldade de se comunicar e consequentemente se integrar. A falta de amigos e de pessoas que você possa rir, falar besteira (principalmente) e conversar afeta, de verdade.
Alie a vontade de fazer amizades com a de aprimorar a língua. E nunca tenha medo de falar errado ou de dizer que não entendeu. Comunicação é isso: errar e aprender.
Se você se preocupa muito com a questão de falar certo o idioma, veja este posto com 7 dicas infalíveis para você perder o medo de falar inglês.
P.S: Aproveite que te demos essas dicas e baixa alguns aplicativos como o Duolingo Perguntados ou o Trivia Crack para ir treinando. Preparação nunca é demais! 😉
4. Seja paciente e entenda que tudo é processo (de evolução)
Entenda que você passará por “altos e baixos”. A imersão em uma nova cultura não acontece de forma linear e quanto mais consciência você tiver sobre esse processo, mais fácil será passar por ele.
Psicólogos culturalistas afirmam que três meses é o tempo médio para que a adaptação alcance seu nível de maturidade. E é nesse período que entram as fases:
Lua de Mel: Nem precisamos dizer, né? Nesse período tudo é êxtase, novo e estimulante. É o início do intercâmbio. Ai, ai que maravilha!
Choque Cultural: É quando as coisas deixam de ser novidade e a estadia no exterior entra na rotina. Nessa fase terá dias em que você vai sentir muita saudade de casa, poderá ficar melancólico e vai querer ficar mais sozinho.
É o tempo para se recuperar do que os psicólogos chamam de estresse aculturativo. Ou seja, de todas as diferenças e perrengues que está vivendo. Só não faça do isolamento uma rotina, ok?
Tenha paciência, bom humor e evite pessoas negativas. Ninguém merece alguém ficar botando pilha para você desistir desse sonho e voltar para o Brasil correndo, né? “Guenta” mais um pouquinho que logo melhora!
Início da adaptação: É a hora em que você passa a se sentir mais à vontade com a casa, colegas, programa de estudos ou trabalho. Começa a notar mais segurança e dá início à sensação de pertencimento. Ainda sente muita saudade de quem deixou no Brasil, mas começa a manter ligações com quem está do seu lado no exterior. Não falamos que ia melhorar?
Adaptação: Agora a coisa engrena. É a fase da aceitação e integração. Apesar de saber que é estrangeiro, começa a se sentir um verdadeiro morador do país. Consegue aproveitar tanto as semelhanças e diferenças e esquece de fazer constantes comparações. Viva! Experiência completa.
Importante: todas essas fases da adaptação podem acontecer em maior ou menor escala. Depende de pessoas para pessoa. Mas é bom viajar consciente de que você poderá passar por tudo isso.
5. Tente não comparar!
Aprender a conviver com as diferenças é um dos truques mais certeiros para ter sucesso na adaptação. É por isso que o intercambista deve evitar comparações. No Brasil cumprimentamos com beijos e abraço, mas em outros países isso pode ser uma atitude invasiva.
Não se sinta ofendido por isso. Ser diferente não significa ser melhor ou pior. Não há nada que prejudique mais a adaptação do que manter-se preso aos costumes brasileiros. Menos moralismo, mais imersão.
6. E a comida?
Um dos fatores que mais incomoda ao encarar o intercâmbio é, sem dúvidas, a comida. E nesse momento é preciso deixar claro: nada será comparado à refeição que você tem casa.
Por outro lado, um novo mundo de temperos, gostos, texturas e sabores se abre. A gastronomia de um país diz muito sobre as tradições. Permita-se experimentar e vá, por exemplo, ao mercado público da cidade.
Tudo o que está ali representa os hábitos da população. Alguns comerciantes, inclusive, oferecem pequenas provinhas. Delícia de experiência, né?
Nunca esqueça também que desde criança temos que nos acostumar aos sabores e que nosso paladar está sempre passando por adaptações. Portanto, se não gostou, dê uma segunda chance.
Ou então parta para a próxima. Só não fique no esquema fastfood. Além de ser zero nutritivo, ainda deixa você na zona de conforto, até porque você já sabe que gosto tem. E não é isso que você foi buscar, não é mesmo?
7. Pratique o que os habitantes locais adoram
No Brasil, já sabemos de cor, o esporte é o futebol. Mas e no seu país de destino? Qual é o lugar que as pessoas gostam de aproveitar os domingos? Tem um pub clássico? Algum bairro que só quem é de lá frequenta?
Procure expandir seus horizontes e mergulhar de corpo e alma na cultura local. Vista a camisa do país e dedique-se à conhecer as paixões nacionais. Adotar esses hábitos permite que você desfrute da sensação de pertencimento. E é aí que a transição começa a ganhar cor.
E vai que ganhe um time do coração também?
Por exemplo, veja aqui os 7 esportes mais populares na Austrália.
8. Controle suas expectativas e se permita
Não é de hoje que ao planejar o intercâmbio, muitas pessoas acreditam que tudo vai melhorar, que a vida lá fora será um sucesso e que a viagem o tornará outra pessoa. Em partes isso é verdade, ninguém sai igual após um intercâmbio.
Mas não esqueça que você está só está mudando de país, porém continua sendo você. Nada é mágica e tudo é reflexo do nosso esforço. Portanto, controle as suas expectativas, já que a realidade nem sempre é como o esperado.
Talvez você não aprenda o inglês tão rápido ou o trabalho que você encontrou não seja lá tudo aquilo. Neste momento é hora de pôr os pés no chão e se questionar sobre o que foi buscar. Aprendizado? A crise avança o processo.
No livro, Intercâmbio Cultural: para entender e se apaixonar, a psicóloga intercultural, Andréa Sebben já adianta:
“Intercâmbio é um maravilhoso laboratório para conhecer e testar habilidades.”
Aprenda a lidar com as frustrações e concentre-se em superar a si mesmo e ao ambiente. Sair da zona de conforto tem dessas. É teste interno, novas lições e autoconhecimento em tempo recorde.
É mais empatia e menos intolerância. Um mundo novo que se abre e do qual você não vai querer largar de jeito nenhum. Já deu vontade de fazer as malas e estar lá? Nós te ajudamos. 🙂
E aí? Curtiu o texto? Se quiser compartilhar algum sentimento conosco, fique à vontade! Será um prazer por ajudá-lo a dar os primeiros passos para essa experiência que você NUNCA irá esquecer.
Consulte agora um especialista e fale sobre seu projeto de intercâmbio.