Nascer em um paraíso como a Austrália, é realmente motivo de orgulho, mas quando eu estava no meu intercâmbio, no feriado de Anzac Day eu senti um clima diferente…
No Anzac Day, os australianos eram mais australianos do que em dias comuns.
Um Australiano (um senhorzinho muito simpático) que sempre jantava no restaurante em que eu trabalhava, me explicou o que representa o Anzac Day dizendo que esse é o feriado mais tradicional da Austrália, também comemorado na Nova Zelândia, e representa a presença militar dos “Anzac” na guerra mundial.
A história é que na Guerra Mundial, a tropa Anzac (em português significa os exércitos conjunto da Austrália e Nova Zelândia em tempos de guerra) desembarcou em Gallipoli, na costa da Turquia no dia 25 de Abril de 1915 e, nesse dia, cerca de 11 mil soldados ANZAC perderam suas vidas numa sangrenta batalha.
E claro que eu o questionei:
“If the Anzac lost, why Australians are proud of it”?
A resposta dele foi mais ou menos assim:
“Ao final, o ANZAC simbolizou e ainda simboliza o valor sem barreiras de uma boa causa, reforçando a iniciativa, sabedoria, fidelidade, amizade e tolerância que nunca irá admitir a derrota” (Ele usou uma frase de Charles Bean, historiador da Primeira Guerra Mundial).
Achei a história muito interessante e o assunto rendeu mais alguns minutos de conversa, depois pesquisei um pouco mais sobre o tema…
Comemorações são realizadas de madrugada – o tempo do desembarque original – em todo o país. No final do dia, os ex-militares e mulheres se reúnem para participar de passeatas pelas principais cidades e em muitos centros menores.
Cerimonias comemorativas são mais formais e são realizadas em memoriais de guerra em todo o país. O Dia de ANZAC é um momento em que os australianos pensam sobre os muitos diferentes significados da guerra.
Além das comemorações nos dois países, milhares de australianos e neozelandeses viajam até a praia na península de Gallipoli, na Turquia, com o objetivo de lá prestarem suas homenagens aos que defenderam seus países.
Aos 110 anos, o último militante a morrer dessa época foi Claudes Choules e aos 108 anos de idade, publicou seu primeiro e único livro, a coletânea de memórias “The Last of the Last” (‘O Último dos Últimos’, em tradução livre).
Choules morreu dormindo na casa de repouso onde vivia em Perth, três anos depois da morte da esposa. Deixou três filhos e 11 netos.
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