Se você é um profissional bem informado, certamente já ouviu por aí que os profissionais de hoje não serão os mesmos de amanhã, certo?
Se você se aprofundou no assunto, percebeu que para se destacar (e sobreviver) ao mercado de trabalho de 2020 em diante, será necessário desenvolver as chamadas habilidades do futuro.
Mas o que isso significa?
A competitividade do mercado já não fica mais apenas entre nós, seres humanos, mas também entre nós e os androids (como comentamos no item 6).
O profissional requisitado no futuro (nem tão distante) será aquele que alia o conhecimento adquirido com habilidades como inteligência emocional, flexibilidade cognitiva, adaptação e pensamento crítico
Por isso, antes de seguir nesse artigo, faça uma autorreflexão:
De 0 a 10, o quão atrativo é o seu perfil profissional para o mercado de trabalho atual?
Se a sua avaliação for uma nota não muito boa, é hora de ficar preocupado com o seu futuro. Se for boa, já pensou em como irá manter essa atratividade?
Veja abaixo como o intercâmbio pode ajudar você a ser um profissional acima de média para um futuro (bem) próximo.
1- Começamos pela confiança
Viajar para um país novo requer que você seja, no mínimo, desapegado da zona de conforto. Você conhecerá novas realidades e enfrentará desafios nunca antes encarados.
Mas o que isso tem a ver com o profissional do futuro?
Tudo!
O processo do intercâmbio vai exigir que você encare as coisas de frente e exercite uma palavrinha mágica chamada confiança. Ou seja, ao retornar dessa experiência, você terá menos medo de arriscar e terá mais confiança e segurança em tomadas de decisão.
E tem mais!
Cada vez mais as empresas procuram funcionários que tenham vivido experiências interessantes e descoberto que o “mundo é maior que o seu quarto”.
Sabe aquela história de pensar “fora da caixa”? Com uma experiência internacional, as chances de você interpretar os acontecimentos e mostrar um currículo superior ao dos seus concorrentes serão bem maiores.
2 – Flexibilidade cognitiva: enxergar novos padrões
A flexibilidade cognitiva nada mais é do que ampliar as maneiras de pensar, imaginando diferentes caminhos para resolver os problemas. Trata-se de uma das características divulgadas pela World Economic Forum (WEF) sobre as habilidades que os profissionais deverão possuir até 2020.
Essa habilidade também quer dizer que quanto mais flexível a pessoa for, mais facilmente ela será capaz de enxergar novos padrões e ir além.
Para adquirir essa habilidade é preciso sair da zona de conforto, expandir interesses pessoais e profissionais e, principalmente, se relacionar com pessoas que desafiam suas visões de mundo.
Não precisamos nem reforçar que isso tem tudo a ver com a experiência do intercâmbio, né?
3- Julgamento e tomada de decisões: sem enrolação
Conforme a pesquisa divulgada pela WEF, o julgamento e a tomada de decisões serão habilidades fundamentais no mercado de trabalho de 2020. Não rola mais ficar em cima do muro ou esperar o barco andar para ver aonde a coisa vai parar.
O mercado exige agilidade e, nesse processo, aprender a tomar decisões (com segurança) será crucial.
Tudo bem que no intercâmbio você não precisa executar o planejamento de uma grande empresa, mas será desafiado o tempo todo a decidir e resolver os “perrengues” que podem aparecer. Um ótimo exercício para lapidar essa habilidade.
4- Inteligência emocional: cuide da sua e motive os outros
O conceito de “inteligência emocional” envolve reconhecer e avaliar as emoções de outras pessoas, estabelecer empatia com esses sentimentos e produzir os resultados desejados.
Também tem um “que” de resiliência, já que o profissional equilibrado não só vai se recuperar das situações de crise, como facilmente irá aprender com elas.
Veja como você pode exercitar essa habilidade, segundo a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBie)
– Assumir a responsabilidade do que acontece na sua vida, ao invés de achar culpado;
– Se permitir chorar e aceitar as tristezas para depois levantar a cabeça;
– Conhecer seus talentos e habilidades para explorar todo seu potencial;
– Usar a raiva do que acontece com você como energia para superar ainda mais;
– Reconhecer os seus medos e usar o poder dessa emoção para a ação;
– Perdoar-se e aprender com seus erros para se libertar da repetição dos mesmos;
– Ser feliz fazendo o que mais ama e cumprindo a sua missão neste mundo;
– Expressar o amor em gestos palavras e atitudes.
Sabemos que nem tudo são flores em uma viagem internacional e que em muitos momentos, seja pela saudade, seja pela convivência com culturas diferentes da sua, você será obrigado a colocar a sua inteligência emocional para funcionar.
Aliás, você já pode começar agora. Que tal reconhecer os seus medos e usar o poder dessa emoção para a ação? Viaje! Vá em busca dos seus sonhos.
5- Coordenação com os outros: essa é impossível você não aprender no intercâmbio
Talvez essa seja a habilidade que você mais vai lapidar lá fora. Isso porque a coordenação com os outros envolve saber se comunicar, trabalhar com pessoas de personalidades singulares e, acima de tudo, lidar com as diferenças encontradas em cada uma delas.
6- Criatividade: vai exercitar quem for antenado
Imagine a seguinte situação:
Você chega no cursinho de inglês, recebe um exercício de conversão em sala de aula e é desafiado a contar uma história – na frente de seus outros colegas estrangeiros – em inglês. Qual será a sua alternativa?
- Se “apavorar” e não fazer a atividade?
- Escrever um parágrafo sem muita emoção só pra se ver livre do exercício?
- Usar a criatividade, pedir ajuda nos colegas com palavras desconhecidas e inventar uma narrativa espontânea que lembre você por que escolheu estar nessa experiência? (esperamos que essa seja a sua resposta)
O que queremos dizer é que a criatividade é uma habilidade que você pode lapidar todos os dias no intercâmbio. E a importância dela para o mercado de trabalho é essencial.
No TED abaixo (vale a pena assistir), o economista Andrew McAfee prova porque mesmo com o avanço da robótica e a tomada dos nossos empregos pelos Androids (que já começou. É sério), a criatividade segue sendo um diferencial – e uma habilidade cada vez mais exigida pelas empresas.
Dica: Seja criativo, mas também procure ser curioso. Empresas se interessam por profissionais instigantes, que não se contentam com o comodismo, muito menos respostas rasas.
7- Pensamento crítico: desconstruindo verdades absolutas
Quando você realiza uma viagem para fora do país, desenvolve o pensamento crítico e passa a refletir mais do que nunca sobre o que acredita. Começa também a desconstruir verdades absolutas e volta ao país de origem com um pensamento mais crítico sobre você mesmo e sobre a sociedade.
Além da sua evolução como pessoa, a boa notícia é que essa habilidade, segundo o relatório da WEF, será a mais valiosa no mercado de trabalho já nos próximos três anos.
Com o pensamento crítico desenvolvido você terá capacidade de usar a lógica e o raciocínio para questionar determinado problema e colocar os prós e os contras na balança para só depois agir.
8- Resolução de problemas complexos
Durante a experiência do intercâmbio, você aprende a lidar com situações que nunca se deparou antes.
Quer ver só?
Aprende a andar sozinho em uma cidade completamente diferente, se obriga a pedir informações sem saber se a pessoa vai entender, dá outro significado para o dinheiro e precisa resolver alguns problemas (os chamados perrengues de viagem).
Esse exercício será muito bom para você enquanto profissional, pois fará com que tenha a capacidade de resolver problemas em ambientes reais.
O trabalhador do futuro, portanto, deverá ter a elasticidade mental para resolver problemas que nunca viu antes, e que podem ficar mais complexos a cada minuto. São esses “solucionadores” um dos perfis profissionais mais demandados a partir de 2020.
9- Adaptação: impossível não desenvolver
Casa nova, comida estranha, língua que não é a sua, hábitos com os quais você não está acostumado. Ao realizar um intercâmbio, você precisa lidar com todas essas questões e colocar a habilidade da adaptação para funcionar.
Essa característica, aliás, está muito relacionada com a flexibilidade cognitiva, já que exige que você seja menos resistente e mais flexível às mudanças.
Veja aqui 6 maneiras de um intercâmbio transformar você (pessoal e profissiomalmente)
Em um mercado de trabalho cada vez mais mutável, é fundamental que o profissional seja adaptável e tenha equilíbrio para encarar os inúmeros desafios diários.
Você percebeu como essas habilidades estão interligadas? E como cada uma delas está conectada à experiência do intercâmbio?
Use a sua inteligência emocional, exercite sua criatividade, seja adaptável e tenha confiança. Você voltará um profissional melhor do que foi e entenderá que o intercâmbio vai muito além de aprender outro idioma.
Os requisitos do mercado de trabalho do futuro mudarão em breve. E você? Está preparado?